Por Lenildo Ferreira
O PRTB confirmou na quinta-feira (28) os nomes de Major Fábio como candidato a governador da Paraíba e o de Sérgio Queiroz como candidato a senador. Para vice, o escolhido foi um dentista chamado Jod Candeia.
A chapa, como visto, ignora Campina Grande, apesar de Queiroz ter chegado a anunciar que o PTRB teria um nome da cidade (inclusive, uma mulher) disputando o Governo do Estado.
Porém, o que chama a atenção realmente é um “detalhe” que desmonta completamente o discurso de Sérgio Queiroz: uma evidente abertura para, se chamado, dialogar com o governador João Azevêdo (PSB).
Até esse momento, João não indicou seu candidato ao Senado. Sérgio, todavia, é, em tese, de um espectro completamente oposto, tendo buscado colar sua imagem à do presidente Jair Bolsonaro (PL), em cujo governo trabalhou.
Lulista, socialista e progressista, João não deu quaisquer sinais de menor intenção de buscar no direitista, conservador e bolsonarista um nome para o Senado, tendo as ilações nesse sentido partido da imprensa.
Todavia, como registrou o jornalista Arimatéa Souza em sua coluna na última semana, em nenhum momento Sérgio Queiroz, ao ser instado sobre o assunto, respondeu – como era de se esperar – com um “não" convicto ou um “jamais” coerente.
Pelo contrário, como registra Arimatéa. E a ausência de firmeza nessa resposta é por demais eloquente.
Cabe a pergunta: como os evangélicos, conservadores e bolsonaristas simpáticos a Sérgio Queiroz e totalmente infensos à agenda ideológica do governador lidam com esse nível de abertura?
E uma constatação: cristãos, conservadores e bolsonaristas não têm sequer um nome que os represente na disputa pelo Senado na Paraíba.