Duros golpes, falas de Pedro e Veneziano sobre Bruno revelam o óbvio e deixam uma questão no ar


Por Lenildo Ferreira

Numa semana que já começou bastante difícil para Bruno Cunha Lima, duas declarações de importantes aliados caem como duros golpes sobre o prefeito de Campina Grande, que já amarga os dissabores da própria falta de habilidade para montagem partidária e a certeza de que auxiliares estão de malas prontas para romper – mas só quando chegar perto das convenções.

Na segunda-feira, o senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB) considerou abertamente a possibilidade de Bruno não ser candidato caso continue esperando uma decisão oficial de Romero. "Se esperarmos até agosto acho que, efetivamente, ele não é candidato", disse na rádio Arapuã.

Nesta quarta, 10, foi a vez do ex-deputado federal Pedro Cunha Lima, parente de Bruno, fazer ponderações. No caso, com críticas agudas à famosa dificuldade do prefeito de dialogar. “Não posso deixar de fazer críticas a Bruno. Ele precisa avaliar a maneira e buscar ser mais eficiente nessa unidade”, disse. 

Pedro, todavia, foi além. “Por mais que a gente busque manter essa unidade, há coisas que só dependem de Bruno. Quem quer ajudar precisa, em alguns momentos, criticar, orientar, sugerir. Claro, ninguém é senhor da razão, mas acredito que em alguns pontos Bruno precisa mudar”, afirmou na entrevista à CBN.

Na condição de aliados, tanto Veneziano quanto Pedro também elogiaram a gestão de Bruno e defendem sua reeleição. É o discurso natural. Mas as declarações, vindas de parceiros chaves e políticos experientes, são sinais mais do que claros de que a atuação política de Bruno tem sido um teste para a paciência de todos, mesmo os aliados mais fieis. 

E, para além disso, fica o questionamento lógico: se em público, nos microfones de rádios, tem aliado fiel e de peso dando esse tipo de declaração, o que será que se fala nos bastidores?

Postagem Anterior Próxima Postagem