O juiz do 2º Tribunal do Júri da Comarca de Campina Grande, Horácio Ferreira de Melo Júnior, sentenciou agora há pouco a uma pena de aproximadamente nove anos de reclusão o advogado Pedro Mário Freitas Alves Fernandes, sob a imputação do crime de homicídio qualificado tentado contra o motoboy Luan Sampaio Borborema.
Pedro Mário deixou o Fórum Afonso Campos preso, mas a defesa deverá recorrer. De acordo com o Ministério Público, os fatos aconteceram no dia 3 de março do ano passado, por volta das 20h45m, na Rua Otacílio Nepomuceno, no Bairro Catolé, em Campina Grande.
O réu alegou ter imaginado estar sendo alvo de uma perseguição e confundiu a vítima com um assaltante que teria roubado seu celular.
Em agosto, Pedro Mário foi pronunciado pelo juiz Horácio Ferreira. À época, a defesa recorreu, mas a decisão do magistrado acabou mantida.
VERSÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Segundo a denúncia do Ministério Público, o réu estava, desde o início da tarde daquele dia, bebendo. Por volta das 20h30, três criminosos armados chegaram e realizam um ‘arrastão’, roubando pertences dos clientes do bar. Na ocasião, foram subtraídos o celular e um colar do réu.
Em seguida, Pedro Mário teria resolvido perseguir os assaltantes, usando seu veículo, mesmo estando sob efeito de bebida alcoólica. Ainda conforme a denúncia, ao ingressar na Avenida Otacílio Nepomuceno, o réu encontrou a vítima, que estava sobre sua motocicleta, parado em frente a um edifício, aguardando uma passageira. Acreditando ser de um dos assaltantes, o réu invadiu a pista na contramão, em alta velocidade, atropelando a vítima.