Na eleição proporcional, como a de vereador, não basta apenas ter muitos votos. É preciso, também, concorrer pelo partido certo para garantir a eleição. A matemática não é fácil e mais difícil ainda é conseguir se acomodar em uma legenda onde seja admitido e tenha viabilidade.
Assim, é como candidatos ficarem na suplência mesmo tendo mais votos que eleitos. Em Campina Grande, este ano, a situação ocorreu com vários postulantes, sendo que dois deles ficaram à frente de onze eleitos, mas terminaram numa incômoda suplência.
Plínio Gomes foi candidato pela primeira vez, filiado ao União Brasil. Embora noviço, ele chegou na disputa com o apoio do irmão, o deputado estadual licenciado e secretário de Serviços Urbanos do Município, Sargento Neto (PL).
Plínio somou 3.842 votos, sendo exatamente o 13º candidato a vereador mais votado. O problema para ele é que a nominata do União Brasil, que elegeu cinco nomes, foi duríssima, ficando o ponto de corte dos eleitos acima de 4.500 votos e, com isso, Plínio Gomes acabou na primeira suplência da sigla.
Quem também registrou um ótimo desempenho, mas não conseguiu se reeleger, foi o petista Napoleão Maracajá, que totalizou 3.667 votos, ficando na primeira-suplência da federação PCdoB-PT, que elegeu apenas Jô Oliveira (campeã de votos – 5.178).
No caso de Napoleão, o problema foi a má nominata que a federação formou, a qual, basicamente, só tinha ele e Jô com votos, ficando os demais candidatos com votações inexpressivas.
Plínio Gomes e Napoleão Maracajá tiveram mais votos que os seguintes candidatos: Wellington Cobra (PSB-3.619), Saulo Noronha (MDB-3.583), Aninha Cardoso (REP-3.502), Waléria Assunção (PSB-3.446), Tertuliano Maracajá-3.223), Anderson Pila (PSB-2.956), Pimentel Filho (PSB-2.864), Pastor Luciano Breno (Avante-2.752), Frank (Pode-2.514), Rostand Paraíba (PP-2.409) e Dr. Olimpio (Pode-2.226).