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Imagem: Reprodução Instagram |
O secretário de Saúde de Campina Grande, Dunga Júnior, afirmou nesta terça-feira, 04, que parte dos problemas envolvendo sua pasta deve ser atribuída ao Estado, principalmente por dois fatores: financiamento insuficiente à saúde e demandas que a cidade acaba tendo que assumir, como no caso da obstetrícia.
Desde novembro, a Secretaria de Saúde do Município ganhou as manchetes com atrasos seguidos no pagamento de salários, de fornecedores e de repasses para o Hospital da FAP. Em geral, Dunga tem evitado entrevistas e se pronunciado por meio de notas, inclusive apontando fatores externos (desde questões técnicas no banco a até decisões judiciais) como corresponsáveis pelo quadro.
“Temos um problema seríssimo em Campina Grande, pela falta do Estado cumprir com sua parte no financiamento da saúde no Município, então estaremos cada vez mais debatendo, dialogando com o Estado”, disse. “O secretário Ari está aberto para esse debate e que possamos colocar na mesa a questão do financiamento da saúde no estado da Paraíba e especialmente na cidade de Campina Grande”, complementou.
Questionado pelo jornalista Josusmar Barbosa se esse subfinanciamento apontado estaria sendo responsável pelo atraso de salários, Dunga Júnior atribuiu parcialmente o problema ao Governo do Estado.
“Também. Nós pagamos o salário até o quinto dia útil, mas temos que passar por todo esse processo. Nas gestões de Bruno e gestões passadas, mais de 29% dos recursos do orçamento são na saúde, que abraça, em algumas especialidades, até 179 municípios e nós estamos fazendo o que o Estado não faz, cumprindo com atendimento, a exemplo do ISEA, onde acolhemos Campina Grande e todo o nosso entorno”, reclamou.