O presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), João Galassi, rebateu as declarações do Sindicato das Farmácias da Paraíba e do setor farmacêutico do país como um todo contra projeto de lei, que tramita no Senado, para autorizar a venda de medicamentos isentos de prescrição em supermercado.
De acordo com Galassi, a mudança, caso aprovada, não vai afetar a segurança dos pacientes, tendo em vista que os remédios que poderão ser disponibilizados à venda serão aqueles que não exigem receita médica. Ele lembrou que as farmácias, inclusive, entregam esse tipo de remédio via delivery, ou seja, sem a necessidade de o consumidor ir ao estabelecimento.
Além disso, o presidente da Abras também assegurou que a expansão da rede de vendas será benéfica para a população, inclusive provocando redução de preços. “É muito óbvio que quando você aumenta a concorrência, reduz os preços”, comentou, acrescentando, inclusive, que esse seria o objetivo do autor do projeto, o senador Efraim Filho (UB).
A Associação, contudo, revelou que já está discutindo com Efraim um ajuste na propositura para que ao invés de apenas vender os medicamentos que dispensam prescrição, os supermercados instalem farmácias em seu interior, atendendo, assim, todas as normas sanitárias, além da presença do farmacêutico.
“Você vai ao supermercado e tem açougue, padaria, hortifrúti, então, poderá ter a farmácia também, como já acontece no mundo inteiro”, ponderou João Galassi. Durante a entrevista, ele ainda viu a reação do setor farmacêutico contra o projeto como tentativa de reserva de mercado.
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