O conflito entre Israel e Irã se agravou nas últimas horas, após uma nova rodada de ataques e contra-ataques que elevam a tensão no Oriente Médio a níveis sem precedentes. O governo israelense confirmou que conseguiu interceptar parte dos mísseis e drones lançados pelo Irã em retaliação aos bombardeios realizados mais cedo contra instalações nucleares e militares em território iraniano.
De acordo com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, a operação lançada por Israel teve como objetivo enfraquecer as capacidades militares e nucleares do Irã. A ofensiva, batizada de Operação Rising Lion, contou com cerca de 200 aviões e mirou mais de cem alvos estratégicos, incluindo centros de pesquisa nuclear, bases da Guarda Revolucionária e instalações militares. Entre os alvos estariam inclusive comandantes de alto escalão do regime iraniano.
Em resposta, o Irã lançou uma ofensiva com mais de 150 mísseis balísticos e aproximadamente 100 drones contra alvos israelenses. As sirenes de ataque foram acionadas em várias cidades, incluindo Tel Aviv, e houve relatos de danos estruturais em algumas áreas residenciais. Apesar disso, autoridades militares israelenses informaram que grande parte dos artefatos foi interceptada com sucesso pelos sistemas de defesa do país, com apoio de aliados como Estados Unidos, Reino Unido, França e Jordânia.
Netanyahu foi enfático ao afirmar que o Irã "pagará caro" pelos ataques. Segundo ele, o governo israelense não aceitará que seu território e sua população sejam alvo de bombardeios e continuará com as operações militares necessárias para garantir sua segurança e a de seus cidadãos.
IRÃ TAMBÉM PROMETE RETALIAÇÃO
Do lado iraniano, o líder supremo, aiatolá Ali Khamenei, classificou os ataques israelenses como um crime e prometeu retaliação contínua, afirmando que Israel enfrentará um “destino amargo e doloroso”. O governo iraniano declarou ainda que continuará respondendo de forma proporcional e que não recuará diante do que chamou de “agressão sionista”.
O conflito já provoca impactos imediatos na economia global, com elevação dos preços do petróleo e alta volatilidade nos mercados financeiros. O temor é de que o confronto se amplie, envolvendo outros países da região e afetando diretamente rotas estratégicas como o Estreito de Ormuz, por onde passa grande parte da exportação mundial de petróleo.
Diante do agravamento da situação, Israel declarou estado de emergência, mobilizou milhares de reservistas e fechou seu espaço aéreo. O Irã, por sua vez, também suspendeu voos civis e impôs um apagão informativo interno, além de mobilizar tropas e reforçar suas defesas estratégicas.
TEMOR MUNDIAL
A comunidade internacional acompanha o desenrolar dos fatos com grande preocupação, temendo que a escalada de violência se transforme em uma guerra de grandes proporções, com consequências imprevisíveis para a estabilidade do Oriente Médio e do mundo.
Lenildo Ferreira - Hora Agora