O núcleo mais próximo do governador João Azevêdo (PSB) acredita que dois encaminhamentos se encontram bem consolidados em relação a 2026: em primeiro lugar, a candidatura do socialista ao Senado, atendendo, inclusive, à forte pressão da cúpula nacional do partido.
Em segundo lugar, a definição mais difícil: a decisão do candidato do governo à sucessão. Neste aspecto, a percepção majoritária é que tudo se encaminha de fato para que o vice-governador Lucas Ribeiro (PP) seja o escolhido.
Lucas assume o governo após a renúncia de João em abril e, por isso, o próprio governador já afirmou ser natural sua candidatura. Além disso, os demais nomes que têm se apresentado não mantêm os mesmos vínculos com o governador.
O fato é que, neste momento, são apenas dois aliados que se colocam como pré-candidatos.
O primeiro, o presidente da Assembleia Legislativa, Adriano Galdino (REP), é muito mais uma pré-candidatura do tipo ocupação estratégica de espaços, não tendo sequer o apoio do próprio partido.
O segundo, o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena, do mesmo partido do vice-governador, seria este, sim, um obstáculo maior à pacificação do grupo, mas há alguns pontos em relação às suas pretensões.
Inicialmente, os movimentos de Cícero nos últimos meses muito mais o afastaram da possibilidade de ser o escolhido. Além disso, um eventual rompimento apenas consolidaria a candidatura de Lucas.
Aliados do bloco governista, com poucas exceções, apostam que Cícero Lucena ficará com o grupo, chegando a acordo com o PP através, sobretudo, do diálogo com o deputado federal Aguinaldo Ribeiro.
A tese do núcleo próximo a João é corroborada pela própria agenda intensa que Lucas Ribeiro tem cumprido por toda a Paraíba, nitidamente com pleno aval e apoio do governador. Inclusive como representante oficial do governo em diversas agendas nas últimas semanas.
Não por acaso, estrategicamente Lucas tem evitado polemizar com Cícero e Adriano.
O vice se mostra focado na expansão do seu nome para chegar forte em datas estratégicas de 2026 em abril (limite para desincompatibilização do governador e decisão de Cícero ficar ou não no PP), agosto (convenções) e, finalmente e mais importante, outubro (eleições).