O ministro Luís Roberto Barroso, 67, anunciou nesta quinta-feira sua aposentadoria antecipada do Supremo Tribunal Federal (STF), decisão comunicada no encerramento da sessão plenária. Ele poderia permanecer no cargo até 2033, quando completaria 75 anos — idade-limite para ministros das cortes superiores.
Em discurso emocionado, Barroso afirmou que é “hora de seguir outros rumos” e que deseja “viver a vida que me resta sem as responsabilidades do cargo”. Segundo ele, “não tenho apego ao poder e gostaria de viver a vida que me resta sem as responsabilidades do cargo”. A manifestação foi recebida com aplausos no plenário.
Indicado em 2013 pela então presidente Dilma Rousseff, Barroso deixa o tribunal após mais de 12 anos de atuação e depois de ter exercido a presidência do STF. A decisão abre caminho para que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva faça uma nova indicação à Corte, movimento com impacto político imediato em Brasília.
Nos bastidores, partidos e auxiliares do Planalto já avaliam nomes cotados para a vaga — incluindo perfis do mundo jurídico e político — enquanto Barroso sinaliza que pretende se dedicar a uma vida com mais liberdade pessoal; chegou a mencionar a ideia de um “retiro espiritual” após a saída.
A aposentadoria antecipada de Barroso ocorre em momento de elevada visibilidade para o STF e reforça o cronograma de sucessão na Corte. Os detalhes sobre o processo de indicação e eventual sabatina no Senado devem ser definidos nas próximas semanas.