Em sessão da Câmara Municipal de Campina Grande, realizada na noite desta quarta-feira, 19, a pedido da vereadora Jô Oliveira (PCdoB), foram debatidos os impactos da implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) em Campina Grande.
Compareceram moradores das comunidades situadas ao longo da antiga linha férrea, representantes da Frente pelo Direito à Cidade, do Observatório das Metrópoles, das universidades Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) e Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) e técnicos das secretarias municipais de Obras, Planejamento e Assistência Social.
Durante o encontro, Jô Oliveira enfatizou que, embora o projeto do VLT traga promessas de modernização da mobilidade urbana, “há muita coisa posta e pouca informação” sobre o destino das famílias que vivem ao longo do traçado da ferrovia, muitas das quais com décadas de moradia no local. Também foram ouvidos moradores das 11 comunidades que serão diretamente afetadas, que levantaram questionamentos sobre reassentamento, indenizações e cronograma das obras.
Dentre os encaminhamentos aprovados durante a audiência estão: formação de uma comissão composta por representantes da sociedade civil, poder público e universidade; realização de reuniões setoriais por bairro para tratar de impactos específicos; divulgação pública de estudos e cronograma; e convocação de conferência municipal para discutir em maior profundidade o tema.
A vereadora defendeu ainda a revitalização do Conselho Municipal da Cidade (Concidade) e o alinhamento do novo VLT ao Plano de Mobilidade Urbana de Campina Grande, como forma de garantir participação efetiva da população e controle social sobre o projeto. Segundo ela, “uma obra dessa envergadura não pode ser executada de forma apressada”.
