Associação de Campina Grande polemiza ao expor demissão de funcionário e acusá-lo de insubordinação


A demissão de um funcionário pela Associação dos Docentes da Universidade Federal de Campina Grande (ADUFCG) em pleno Natal virou uma grande polêmica após a entidade, para supostamente rebater críticas à medida, decidir expor o caso em seu portal e em redes sociais.

Em um único dia, véspera do Natal, a diretoria da ADUFCG publicou não apenas uma, mas duas notas revelando a demissão do funcionário, identificado nas próprias postagens como Cristino Almeida, e justificando a decisão com críticas ao colaborador.

A medida foi adotada de forma serena e está pautada em motivos justificáveis, tendo o funcionário, inclusive, sido chamado a atenção, e advertido, acerca de posturas e comportamentos que tornaram sua permanência no quadro funcional insustentável”, diz trecho da primeira nota.

Na publicação, a ADUFCG até chega a afirmar que “agradece a Cristino pelo tempo que passou prestando serviços junto a seção sindical, ajudando a escrever a história da entidade e deseja bom êxito na sua jornada de trabalho pela frente”.

Porém, o tom ficou mais duro em uma segunda nota, do mesmo dia, aparentemente divulgada para responder a críticas por conta da demissão do colaborador. 

O funcionário Cristino, ainda que alguns o coloquem enquanto tendo atitude irretocável e respeitosa, no que tange a relação com a Presidenta da entidade, Profa.Marinalva Vilar, esteve em constante questionamento dos encaminhamentos repassados”, diz um trecho.

"Face ao fato de não terem determinadas formações para o exercício ordinário nas funções, dialogamos e contratamos curso, para os dois funcionários ligados a secretaria; O que ao final, o funcionário em questão, se negou a realizar a tarefa alegando não concordar", aponta outro trecho.

"Passados cerca de 6 meses para adaptação se manteve a recusa do funcionário em cumprir com uma atividade técnica básica; No decorrer do período não apenas uma ou duas vezes o funcionário, em horário de expediente, deixou seus afazeres", afirma ainda a nota.

A atitude de insubordinação àqueles que estão à frente da entidade, foi a tônica adotada pelo funcionário, a isso assome-se a hostilização de membros da diretoria”, acrescenta. As publicações de ambas as notas no Instagram da associação ficaram fechadas para comentários.

Advogados afirmam que a maneira como a entidade decidiu tratar publicamente o caso e expor o ex-colaborador pode, em tese, resultar em consequências na esfera trabalhista, inclusive danos morais, independente do mérito envolvendo a demissão. 

O Hora Agora aguarda posicionamento da associação sobre o caso, que será publicado.

Postagem Anterior Próxima Postagem