Tucanos se bicam para definir quem será, no melhor cenário, o 5º em 2022


As prévias do PSDB nacional já tinham um caráter jocoso muito antes de começar, pela obviedade da crise no ninho que só os tucanos, com permanente espírito de pavão, se recusam a admitir.

Em 2018, com a maior estrutura e maior tempo de guia, o candidato peessedebista Geraldo Alckmin já tinha assumido uma posição inexpressiva, fazendo uma campanha sem sentido e terminando em quarto com apenas o dobro da votação do desconhecido João Amoêdo, do Novo, que sequer campanha tinha.

Para 22, os nomes postos no ambiente interno já dão o prenúncio de piora, possivelmente com um resultado do quinto lugar para baixo, atrás de Jair Bolsonaro, Lula, Ciro Gomes e Sérgio Moro. 

João Dória, governador de São Paulo que largou Alckmin em 18 para surfar na onda Bolsonaro e que, por justíssimas razões, é malvisto do Oiapoque ao Chuí, chega como favorito.

Como concorrente direto, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, menos popular no restante do Brasil que o chimarrão, o Gre-Nal e o Felipão no dia do 7 a 1, e que se notabilizou na pandemia por medidas autoritárias como mandar fechar seção em supermercado.

E, por fora, ainda aparece o ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio Neto, nome da velha guarda tucana que, de penas brancas, já não tem vigor político para maiores voos. 

A lista já não seria motivo de festa e eis que as prévias acabaram descambando para o vexame com cenas de gritarias, acusações de supostas compras de voto e a suspensão dos trabalhos por insólita falha no aplicativo de votação contratado.

Coisa para fazer tucano virar avestruz. Ou, como parece aceitar Alckmin, se transmutar em camaleão, avermelhar e virar logo lulista.

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