Dia da Indústria e a FIEP: falta matéria-prima para produzir lideranças no setor?



Por Lenildo Ferreira

A gente aprende na escola que a indústria, que comemora seu dia nesta quarta-feira, 25, é o local em que a matéria-prima bruta é transformada, seja em bens de produção, de consumo ou de capital. 

No Brasil, o setor é protagonista na geração de empregos, sendo, por isso mesmo, ator relevante nas discussões que marcam os encaminhamentos da agenda econômica do país.

Na Paraíba, todavia, o quadro político da entidade que representa o segmento leva a um questionamento imediato: a indústria paraibana produz muita coisa, menos lideranças?

Se não é escassez de matéria-prima do tipo, o que explica o fato de a Federação das Indústrias do Estado da Paraíba (FIEP) estar desde a metade da década de noventa sendo comandada pela mesma pessoa?

Com um detalhe: nova eleição no radar e possibilidade de, em havendo recondução, ultrapassar as três décadas à frente da entidade.

Alerte-se: nenhum demérito pessoal à figura culta, cordata e inteligente de Buega Gadelha, que certamente deu sua colaboração à FIEP.

A questão evidente é que nem mesmo os sindicados de trabalhadores mais criticados pela perpetração de líderes no comando registra uma tamanha falta de alternância.

Alternância que, aliás, é prática essencial na democracia, inclusive aquela que deve se exercer nos espaços de representação. 

Um óleo que, se não for utilizado de tempos em tempos, leva ao aparecimento e crescimento da ferrugem que, por sua vez, trava as engrenagens e torna o sistema obsoleto, ineficiente e, por fim, inoperante.

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