Nova coluna de Alexandre Moura: "O ITA, a FAPESP e a EMBRAER"


Por Alexandre MOURA (*)

O ITA, a FAPESP e a EMBRAER

A agência de noticias da FAB - Força Aérea Brasileira divulgou o recente acordo, entre o ITA – Instituto Tecnológico de Aeronáutica (instalado na cidade de São José dos Campos, São Paulo) a FAPESP - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo e a EMBRAER - Empresa Brasileira de Aeronáutica, com o objetivo de “investir em P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) colaborativo, de alto nível, em tecnologias para mobilidade aérea”. O investimento previsto é de R$ 48 milhões, pelo prazo de cinco anos, que será alocado na implantação de um “CPE - Centro de Pesquisa em Engenharia para a mobilidade aérea do futuro”, nas instalações do ITA. A ideia é apoiar projetos que envolvam, inclusive, “formação de recursos humanos em áreas de interesse da base industrial de defesa e do setor aeroespacial brasileiro”, com foco em “três pilares: aviação de baixo carbono, sistemas autônomos e manufatura avançada de aeronaves e equipamentos”. 

Edição 2022 do Gartner Symposium/ITxpo™ 

Dentro das ações para este ano, do “Projeto Setorial Brasil IT+”, desenvolvido pela ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) e pela Softex, o Brasil terá uma participação de destaque na edição 2022 do Gartner Symposium/ITxpo. O evento é “o maior e mais importante, encontro anual de executivos e de líderes da indústria de TI (Tecnologia da Informação) dos Estados Unidos, onde a liderança, a inovação tecnológica e a estratégia de negócios convergem”. O Gartner Symposium/ITxpo  será realizado no período de 17 a 20 de outubro, na cidade de Orlando, na Flórida. No simpósio serão discutidos, pelos líderes das empresas de TI, em nível mundial, “tópicos importantes, como a aceleração dos negócios digitais, o futuro do trabalho, Big Data, IA (Inteligência Artificial) e segurança cibernética”. Mais informações e inscrições (que vão até o próximo dia 22 de junho), no endereço www.softex.br

Criptomoedas em Crise?

Nas últimas semanas, o “mercado mundial de criptomoedas” (popularmente chamadas de “moedas digitais”) vem passando por “turbulências” (vide, por exemplo, a nossa coluna do dia 27 de maio passado, no tópico “A Índia e as Criptomoedas”). Uma das últimas informações sobre essa “crise” vem dos Estados Unidos, onde a “empresa americana de empréstimos de moedas digitais, Celsius Network”, segundo a agência de noticias Reuters, congelou saques e transferências citando condições "extremas" (sem especificar exatamente quais são) atualmente acontecendo no “mercado de criptoativos”. Este é o mais recente sinal de como a turbulência do mercado financeiro está afetando negativamente, a chamada “criptosfera”. Após o anúncio do “congelamento dos saques e transferências”, feito pela diretoria da Celsius Network, o valor da Bitcoin (a mais famosa das criptomoedas) caiu 16%, a maior desvalorização, segundo analistas, desde janeiro de 2021.

Criptomoedas em Crise? (II)

A Celsius Network é um gigante do setor, tendo ativos da ordem de R$ 60 bilhões (dados do mês de maio passado). Entretanto, este valor é menos da metade do que a Celsius divulgava que tinha em outubro de 2021. A empresa “oferece produtos com juros, para clientes que depositam criptomoedas em sua plataforma e, em seguida, empresta essas criptomoedas para terceiros, obtendo lucro na operação”, de forma bem semelhante a um banco comercial tradicional, a diferença é o percentual de rendimento prometido/pago, muito acima do praticado no mercado. Esse tipo de operação tem deixado os governos de diversos países preocupados (caso, por exemplo, da Índia), levando, recentemente, o governo americano a estudar formas de “proteção dos investidores e medidas para minimizar os riscos sistêmicos de produtos de empréstimos, não regulamentados” (caso dessas operações com moedas digitais). Tudo indica que haverá, em breve, alguma forma de regulamentação, controle e maior fiscalização, por parte dos governos desse mercado.

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* Engenheiro Eletrônico, MBAs em Software Business e Comércio Eletrônico, acionista da Light Infocon Tecnologia S/A, Diretor da LightBase Software Público Ltda, Conselheiro-Titular do SEBRAE-PB, VP da Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado da Paraíba e Diretor de Relações Internacionais da BRAFIP.


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