Nova coluna de Alexandre Moura: "Anac, Anatel e a Tecnologia 5G"


Por Alexandre MOURA (*)

ANAC, ANATEL e a Tecnologia 5G

Com a entrada em operação da “Tecnologia 5G” no Brasil, começando por Brasília-DF, no último dia 6 de julho, a ANAC – Agência Nacional de Aviação Civil, tomou a iniciativa juntamente com a ANATEL – Agência Nacional de Telecomunicações, de definir as regras para utilização dessa tecnologia perto dos aeroportos brasileiros. O objetivo é se evitar o problema que aconteceu nos Estados Unidos, onde a utilização do “5G” estava/está interferindo nos equipamentos eletrônicos (principalmente, nos “radio altímetros”) dos aviões, causando sérios riscos a segurança dos voos. Vale destacar que ainda estão sendo feitas analises e testes, pela FAA (Federal Aviation Administration), a agência reguladora de aviação civil americana (correspondente a nossa ANAC) sobre o problema de interferência nas aeronaves, causada pela nova tecnologia, que continua sofrendo restrições de uso em alguns aeroportos americanos.

ANAC, ANATEL e a Tecnologia 5G (II)

No caso do Brasil, a ANAC e a ANATEL aprovaram exigências técnicas preventivas, para uso da tecnologia 5G, “na faixa de frequências compreendida entre 3.300 MHz e 3.700 MHz, para evitar interferências do 5G (Banda C), usado na telefonia móvel, e os radio altímetros dos aviões”. Visando reforçar ainda mais a segurança, a ANATEL publicou o “Ato Normativo nº 9.064/2022” que “limita também, a potência da transmissão do sinal de 5G em áreas próximas de alguns aeroportos”. As duas agências informaram que vão ficar atentas à implantação do 5G e seus desdobramentos, em relação à segurança operacional das aeronaves. Caso necessário, novas medidas serão adotadas, em prol da segurança do trafego aéreo em todo o território nacional.

Ataque Hacker na Ásia

A imprensa internacional (a exemplo da agência de noticias Reuters) tem noticiado nos últimos dias um possível ataque Hacker ao SHGA - Departamento de Policia Nacional de Shanghai (anteriormente Xangai, na antiga forma de escrita), China. Segundo a matéria da Reuters, “um hacker divulgou ter obtido um grande volume de informações pessoais (através da invasão a SHGA) de aproximadamente, um bilhão de cidadãos chineses”. Segundo especialistas em tecnologia e proteção de dados, “se for verdade, será uma das maiores violações de dados da história”. A informação, de acordo com a Reuters, veio de um “internauta anônimo”, identificado como "ChinaDan", que publicou o “vazamento” no fórum de “hackers Breach Forums” na semana passada, oferecendo a venda dos dados pelo equivalente a cerca de US$ 200.000 (aproximadamente, R$ 1 milhão). O possível ataque foi amplamente discutido nas plataformas de mídia social chinesas Weibo e WeChat no fim de semana passado, com muitos usuários preocupados que pudesse ser real. Vale lembrar que em 2021, a China aprovou novas leis sobre como as informações pessoais e os dados gerados devem ser tratados.

Ficando ainda mais complicado

A crise no mercado mundial de criptomoedas continua se agravando. Agora foi a vez da empresa “Vauld” (dona de uma plataforma de empréstimo e negociação de criptomoedas), com sede em Singapura, na Ásia, dar o “mais recente sinal de estresse no mercado mundial deste tipo de ativo”. A diretoria da Vauld divulgou nota a seus clientes, dizendo “que suspenderá saques e negociações e buscará novos investidores”. Ou seja, está sem liquidez para honrar os compromissos financeiros assumidos. Os motivos alegados foram "as condições voláteis do mercado financeiro global e as dificuldades econômicas de nossos principais parceiros de negócios, que levou a uma quantidade significativa de saques de clientes, superiores a US$ 198 milhões (equivalente a R$ 1 bilhão), desde o último dia 12 de junho." Na realidade, o mercado financeiro mundial está bem complicado. No primeiro semestre deste ano, por exemplo, o “mercado americano de ações” apresentou índices de perdas preocupantes, tendo o pior semestre desde o final dos anos 60 do século passado. O “Dow Jones” (índice do mercado de ações que acompanha 30 grandes empresas de capital aberto negociadas na Bolsa de Valores de Nova York) teve queda de 15% nos primeiros seis meses de 2022. Já o “S&P 500” (ou Standard & Poor's 500 Index, índice ponderado das 500 principais empresas de capital aberto dos Estados Unidos) teve queda de 20%. O “Russell 2000” (outro índice do mercado de ações, que mede o desempenho das 2.000 “menores empresas” com ações na bolsa de valores de Nova York) “encolheu” 25%. Para completar o semestre muito ruim, o “índice Nasdaq” (NASDAQ é a segunda maior bolsa de valores do mundo, sendo responsável pela negociação das ações de algumas das maiores companhias de tecnologia como, a Apple, o Google, a Amazon, a Microsoft e o Facebook) perdeu quase 30% do seu valor, nos primeiros seis meses deste ano!

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Engenheiro Eletrônico, MBAs em Software Business e Comércio Eletrônico, acionista da Light Infocon Tecnologia S/A, Diretor da LightBase Software Público Ltda, Conselheiro-Titular do SEBRAE-PB, VP da Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado da Paraíba e Diretor de Relações Internacionais da BRAFIP.



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