Apenas de um investidor, Antônio Neto recebeu meio milhão de Reais em espécie

Os avanços das investigações sobre o caso Braiscompany vão gradualmente revelando detalhes sobre as práticas da empresa, de colaboradores e, sobretudo, dos seus proprietários que podem indicar, dentre outras condutas, uma gestão financeira e contábil altamente tortuosa.

Somente um investir, que é empresário em João Pessoa, afirmou à Justiça Federal ter entregue R$ 500 mil à Braiscompany em espécie. Isso mesmo, meio milhão de Reais entregues em dinheiro vivo.

Mas, a história desse caso não para por aí. Além do dinheiro, a Braiscompany teria recebido do mesmo empresário uma lancha no valor de R$ 500 mil, totalizando um aporte de R$ 1 milhão convertidos em criptomoedas. Com um detalhe: a embarcação, entregue à empresa, foi imediatamente registrada no nome de Antônio Neto.

O contrato entre o investidor e a Braiscompany não detalha essas minúcias e, a partir do início da crise dos atrasos dos pagamentos, em dezembro, o cliente pediu de volta a lancha que, após algum impasse, seria entregue. 

Só que, nesse meio tempo, foi deflagrada a Operação Halving, Antônio fugiu e o veículo foi incluído nos bens do casal Braiscompany sequestrados pela justiça. 

O investidor ingressou com ação judicial tentando recuperar a embarcação, mas o MPF tem exigido explicações sobre a transação, já que, por exemplo, ele não apresentou comprovantes da entrega do dinheiro.  

Um mês depois da Operação Halving, deflagrada pela Polícia Federal, o casal Antônio Inácio da Silva Neto e Fabrícia Farias Campos continua foragido. Contra eles, pesam mandados de prisão preventiva e até agora as buscas nas contas bancárias dos dois e da empresa revelaram-se um total fracasso, enquanto mais de 1.300 ações já se acumulam na Justiça estadual. 

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