"Escolas Cívico Militares, a quem desagrada o modelo?" - Por Waltair Pacheco


A Escola Cívico Militar, não é uma criação do Governo Bolsonaro, mas, é em seu governo que a mesma ganha força no sentido de aplicação e ampliação do modelo.

Em 2019 durante o primeiro ano do Governo Bolsonaro é criado um programa para instalação de escolas com modelo baseado nos colégios militares do Exército das Policias e dos Corpos de Bombeiros Militares, que invariavelmente se destacam pelos bons resultados.

É fato que os colégios e faculdades que oferecem educação militar se destacam nas avalições de desempenho quando comparadas com escolas convencionais, além de uma melhor preparação quanto à conduta entre alunos de todas as instituições, por isso, há tanta busca.

O PRECIM – Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares foi criado através do Decreto 10.004/2019, para ser desenvolvido pelo Ministério da Educação com apoio do Ministério da Defesa e das Forças Armadas.

O programa foi criado com o objetivo de melhorar o processo de ensino consequentemente aprendizagem dos alunos das escolas públicas, sejam, estaduais e ou municipais.

Isto implica numa escolha de profissionais competentes. No caso dos colégios militares por exemplo, tais profissionais são selecionados preferencialmente os que têm especialização, mestrado, doutorado e formações em outras áreas mais.

Além destes critérios nas escolhas dos profissionais, estes colégios oferecem algumas outras vantagens, como, boa estrutura física, disciplina, um leque grande de atividades extra curriculares, dedicação aos estudos etc.

O programa não foi criado para ser implantado de forma impositiva, mas, em parceria com as instituições que quisessem abraçar o modelo, evidentemente por decisão dos gestores do executivo.

O modelo funciona com profissionais da educação nas mais diversas áreas, cuidando da parte didática e pedagógica, enquanto os militares atuam no apoio à gestão e educação disciplinar.

Com este perfil o que se tem como resultado na avaliação de diversos profissionais, especialistas, são as boas referências e os índices. 

Números apresentados pelo MEC no fim de 2022 mostram que as escolas atendidas pelo PECIM tiveram redução de 82% nos casos de violência física, de 75% nas denúncias de violência verbal, e de 82% nos casos de depredação do patrimônio da escola. Além disso, a evasão e o abandono escolar diminuíram em quase 80%.  (2023, Gazeta do Povo). 

A quem interessa pois o fim do programa, a quem desagrada?

Evidentemente a decisão do governo Lula de por um fim ao programa parte de uma premissa ideológica, e isto não é nenhuma acusação, apontamento, mas, constatação de fatos, o seu discurso antimilitarista não deixa dúvidas que ideologicamente ele se opõe a tudo que diz respeito ao militarismo.

Consequentemente, seus seguidores, seus apoiadores, dado ao mesmo sentimento ideológico.

Matéria publicada em (https://lunetas.com.br/militarizacao-das-escolas/) traz seu inicio com a seguinte colocação: “imagine escolas onde crianças usam uniformes neutros, meninos raspam a cabeça e meninas usam coques nos cabelos. Desde cedo, os pequenos devem bater continência, sendo ensinados a controlar seus corpos. Suas vozes são direcionadas por policiais e bombeiros ora para o silêncio, em sinal de respeito, ora para brados e gritos de guerra em uníssono. Na contramão das cores, da diversidade e do ensino democrático previsto na Constituição”...

Desagrada também a quem não tem interesse em uma boa formação ética de meninos e meninas, brasileiros em desenvolvimento para uma vida adulta, na boa educação, no desenvolvimento e crescimento do conhecimento, porque este liberta, consequentemente a falta dele aprisiona, torna o falto, presa fácil.

Desagrada a quem não quer a prosperidade da Nação com a formação de profissionais competentes, mais éticos e morais com gente que desponte, que com capacidade ocupe os altos espaços nas diversas esferas da sociedade brasileira, que amanhã tenha um novo caminho para os rumos do Brasil, principalmente na política nacional.

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Waltair Barbosa Pacheco de Brito Junior é brasileiro, natural de Campina Grande/PB. Nascido em 04 de setembro de 1965, é formado em Administração de Empresas pela Universidade Estadual da Paraíba, cristão e casado.

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