A fala do vereador Alexandre do Sindicato ontem na Campina FM, quando disse acreditar que o deputado federal Romero Rodrigues não vai se unir ao governador João Azevêdo para disputar a Prefeitura de Campina Grande, é um discurso cada vez mais corrente entre aliados e futuros aliados do parlamentar do Podemos para a campanha deste ano.
A percepção é de que, em primeiro lugar, Romero não precisa do apoio de João para concorrer novamente ao Palácio do Bispo. Além do mais, a própria possibilidade de construção de um palanque com o Republicanos do presidente da Assembleia Legislativa Adriano Galdino não foi condicionada por este à vinculação com o PSB.
No mesmo sentido, o argumento é que o deputado federal, aliando-se ao governador, estaria, ao contrário do que pode ser prometido pelo PSB, praticamente anulando as chances de disputar o Palácio da Redenção. Ou seja, não acreditam que haveria o cumprimento de compromissos com Romero.
Além do mais, ao eventualmente se aliar a João Azevêdo, Romero estaria dando uma guinada ainda maior em sua trajetória política e fechando as portas para a possibilidade de composição com diversos nomes e blocos partidários com os quais mantém um longo histórico de parceria e que são como água e óleo com os socialistas.
Por essa lógica, Romero tem hoje o discurso de que foi deixado para trás pelo prefeito Bruno Cunha Lima, a quem elegeu em 2020 e viu se juntar a um adversário histórico, o MDB do senador Veneziano Vital do Rêgo. Mas, seguindo o raciocínio, se o parlamentar se unir ao PSB, estaria dando mote para ser acusado de aliar-se a opositores ferrenhos e, além disso, Romero “ganharia” a forte rejeição eleitoral que Azevêdo tem na cidade.
Estes argumentos estariam sendo insistentemente repetidos ao deputado campinense que, após o aparentemente próximo fim da novela sobre confirmar o rompimento com Bruno, deverá guardar aa decisão sobre as alianças para o período mais próximo das convenções partidárias.