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Márcio durante entrevista - Foto: Max Silva |
O ex-vereador Márcio Melo, que terminou as eleições de 2024 na segunda suplência do Podemos, é naturalmente um nome que o Governo do Estado não poderia nem deveria prescindir em Campina Grande.
Carente de aliados ativos, que realmente ocupem espaços perante a opinião pública em nome da gestão, o governo de João Azevêdo tem, no insucesso eleitoral de Márcio nas urnas, a oportunidade de contar com um aliado que reúne a experiência política, disposição de atuar e a comprovação de trabalho já prestado.
Afinal, enquanto outros nomes prestigiados pelo Palácio da Redenção não produzem qualquer movimento em favor do próprio governo e de oposição efetiva à administração municipal, Márcio esteve ao lado do grupo do governador mesmo quando não havia grandes expectativas de bom desempenho do bloco na eleição passada.
Não é possível crer que João despreze a importância de fortalecimento político do seu governo no segundo maior colégio eleitoral do estado. E, se não despreza, deve (ou deveria) entender que é indispensável contar com agentes políticos locais, que vivam e vivenciem Campina Grande.
Estranhamente, contudo, o governador tem uma plêiade de auxiliares na Rainha da Borborema que não apresentam qualquer atuação esperada a um aliado.
São inertes politicamente, alguns até de perfil desagregador, e cada um muito mais fiel ao seu partido ou subgrupo que ao governo que representam.
Márcio Melo, enquanto político, certamente tem qualidades e defeitos – como todo mundo. Na balança, contudo, as qualidades se sobressaem, principalmente quando comparado à média geral dos aliados de João na cidade.
Se João Azevêdo não conseguir enxergar isso, não estará apenas desconhecendo Márcio. Na verdade, estará mostrando não conhecer Campina Grande e o próprio staff do governo na cidade.
Por Lenildo Ferreira