O Luxuoso Playgraound de Brasília - Por Waltair Pacheco de Brito Jr.


Uma arquitetura belíssima, um ambiente requintado, muita riqueza, muito luxo, um fluxo de pessoas bem trajadas entrando e saindo, transitando pelos arredores, esculturas fantásticas, espelho d’agua, um lugar limpo e agradável, o lugar dos sonhos de muita gente.

Um condomínio de luxo que abriga três prédios, ricos e famosos, construídos para abrigar homens e mulheres inteligentes, trabalhadores, visionários, responsáveis e bons administradores, afinal de contas as ações destes ocupantes dos tais prédios refletem em todo o Btrasil.

Entretanto, transformaram o condomínio no mais luxuoso playgraound do mundo e enxeram de crianças “donas da bola” uma expressão do meu tempo de Recife para designar, mimadas, cheias de gosto e de vontade, birrentas, soberbas, egoístas, presunçosas, “riquinhas”.

Crianças que não sabem jogar de verdade, pois não sabem lidar com o contraditório, nunca querem perder, que acham que tudo deve acontecer do jeito que planejam, que só podem entrar no jogo quem eles querem que entre, porque as bolas são sempre delas.

A soberba que lhes enchem o coração por serem os donos da bola, fazem olhar atravessado para qualquer pessoa que esteja no jogo e que não sejam também donos de bolas, menosprezam, humilham, denigrem, penalizam e muita vezes até excluem, eliminam.

São tão arrogantes e presunçosos que a razão já não mais lhes habita e o desatino passa a ser uma prática corriqueira, são tão faltos de noção que até crianças donas de bolas também, mas que não pertecem ao mesmo playgraound, são alvos de suas birras, seus mimos, suas vontades vaidosas.

Algumas são tão atrevidas pela falta de bom senso que provocam outros playground’s, mesmo sabendo que não têm condições de enfrentar e ganhar, mas a vaidade, a vida sem sentido real, vazia de objetivos concretos e conhecimento pleno, lhes atiçam e as impulsionam ao erro da provocação.

São crianças perdidas, desconexas da realidade, que pensam que o mundo e a vida acontece como os desenhos animados que assistem, como o “fantástico mundo de Bob”, um mundo de fantasias e uma vida sem revés, sem cobrança.

Ou ainda os filmes de faroeste, onde os xerifes rápidos no gatilho mandam na cidade e em todo território, impõem suas leis e pune os que não as cumpre, mesmo sendo estes desonestos, inescrupulosos, vis, e cuja as leis atendem seus interesses pessoais e não o anseio do povo.

Entretanto, a vida não é este fantástico mundo de Bob, nem o mundo destes xerifes desonestos, injustos, iníquos, a vida é uma escola real, que mais cedo ou mais tarde ensina a todas estas crianças mimadas do playgraound como de fato as coisas devem ser, e as vezes a lição vem com severa punição.

A vida por mais que não se queira, ou deseje, ela é feita de semeadura e colheita, é uma lei da qual ninguém pode fugir, o que se planta é o que se colhe, seja rico ou pobre, preto ou branco, letrado ou ignorante, o fruto a ser colhido é o fruto da semente plantada.

O tempo, somente o tempo é quem faz o fruto aparecer.

Qualquer semelhança é mera coincidência!

Postagem Anterior Próxima Postagem