Por Saulo Nunes
“Eu trabalho com o deputado federal fulano de tal. E minha filha é assessora do deputado estadual cicrano. Pode confiar.” Foi assim que um estelionatário em Campina Grande endossou sua aparência de cidadão ‘confiável’ para causar um prejuízo de mais de R$ 60 mil a uma vítima no município. Essa vítima é uma pessoa muito próxima minha; relatou-me toda a situação; e não existe alma viva nesta Terra que me impeça de buscar justiça pro caso.
Na verdade, o próprio vetor de tudo isso – o estelionatário – pode, se quiser, estancar a sangria. É só ele pagar o que deve à vítima. Caso contrário, a coluna aqui no Hora Agora vai dedicar algumas ‘edições’ ao assunto, que, afinal de contas, está inteiramente dentro do contexto do que eu já venho publicando: CRIMES!
É provável que neste exato momento, o texto esteja circulando nos 36 gabinetes da Assembleia Legislativa da Paraíba, já que a ‘bomba’ deverá estourar em um deles (cujo dono da cadeira é um dos parlamentares mais conhecidos, diga-se de passagem). Essa grande invenção da humanidade – a Internet – tem a proeza de dar voz aos humildes de forma rápida e eficaz, podendo ajudar a resolver o problema.
Mas que fique bem claro: aqui, NÃO estou afirmando que os deputados [quase] mencionados estejam em conluio com o estelionatário. Este é quem faz essa ligação de amizade. E por isso mesmo, essas duas autoridades políticas da Paraíba precisam saber – no momento oportuno – que existe um senhor em Campina Grande usando os nomes de ‘fulano e cicrano’ como amigos nos ‘negócios’. Se essa relação de ‘sociedade’ é verdadeira ou não, a gente vai descobrindo...
O que eu já sei – inclusive confirmado por duas outras pessoas que não se conhecem – é que, de fato, o estelionatário tem uma filha que trabalha ‘bem coladinha’ com o deputado estadual citado. Isso, pelo menos, parece ser verdade. O próprio irmão do golpista me confirmou também essa informação.
Outro dado concreto é que esse “amigo/sócio de dois deputados paraibanos” já foi preso algumas vezes pela mesma prática delituosa: enganar pessoas com o objetivo de auferir vantagens financeiras. Uma de suas fotos, inclusive, é uma bela imagem com aquele conhecido fundo que “mede a altura das pessoas”. Não sei se o registro foi feito em uma delegacia ou já em alguma unidade prisional.
A vítima do falsário está tentando resolver o problema há mais de um ano. Eu, que tive conhecimento da situação há bem menos tempo, já fiz contato com o impostor para, também, tentar solucionar a questão numa boa. Prazos foram estabelecidos, mas até o momento nada cumprido pelo “amigo dos deputados ‘x’ e ‘y’”.
Como eu, pelo menos, costumo cumprir minhas promessas, a primeira está aqui. O pontapé de uma série de textos (a depender do criminoso) sobre essa história. A coluna é semanal, e a próxima publicação poderá começar a citar ‘nomes’. PROMETO!
Por ora, lembrar apenas que o homem com passagem na prisão mora em um bairro chamado ‘Liberdade’...
Coisas da vida.
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*Saulo Nunes é jornalista, policial civil e escritor