Saiba como a polícia desmontou narrativa que tentava encobrir assassinato de professor


A versão de Tércio Alves da Silva, assassino confessor do professor Gilson Nunes, de que ele teria se afogado na praia da Penha, em João Pessoa, no dia 04/05 (um domingo) veio abaixo a partir da investigação da Polícia Civil quando o foco das atenções foi posto na narrativa da suposta (e falsa) viagem dos dois para João Pessoa.

Primeiro, a PC conseguiu levantar o trajeto do carro onde os dois teriam, segundo Tércio, viajado, um Volkswagen UP de propriedade de Gilson. Verificando câmeras, os investigadores descobriram que no dia 04/05 o veículo fez o percurso entre Campina Grande e João Pessoa em um tempo de cerca de 3 horas.

A demora não condizia com as alegações de Tércio, que afirmava que ele e Gilson se deslocaram de Campina Grande a João Pessoa sem paradas no caminho. As câmeras também conseguiram demonstrar, segundo a PC, que não havia ocupante no banco do passageiro. As contradições alertaram para suspeitas dos policiais sobre Tércio.

A desconfiança foi corroborada por depoimentos de testemunhas, incluindo amigos de Gilson e uma vizinha da propriedade em Massraranduba onde o corpo do professor foi encontrado. Ela descreveu ter visto Tércio sozinho na propriedade, o que não era comum.

EVITANDO A POLÍCIA

A família de Tércio Alves da Silva também acabou colaborando com as investigações ao desmentir o argumento que ele usou para não comparecer à delegacia para prestar depoimento. Segundo a polícia, Tércio alegou a doença de um parente, fato que foi negado pelo próprio pai.

Ele foi preso na Rua Juvêncio Arruda, em Bodocongó, conduzindo o veículo UP. Na presença da advogada, confessou o crime. O corpo do professor, morto a facadas, estava numa cova rasa no seu sítio (um orquidário) em Massaranduba, sob concreto e envolto em panos e sacos.

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Lenildo Ferreira - Hora Agora - Proibida a reprodução sem autorização prévia

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