A Polícia Federal cumpriu nesta sexta-feira, 13, mandado de busca e apreensão na casa do tenente‑coronel Mauro César Barbosa Cid, ex‑ajudante de ordens do ex‑presidente Jair Bolsonaro, no âmbito do inquérito que investiga a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
Segundo a defesa do militar, no entanto, não houve prisão: o cumprimento do mandado teria sido voltado apenas a diligências e coleta de documentos, e Cid permanece em liberdade sob os termos do seu acordo de delação premiada com o Supremo Tribunal Federal.
O objetivo da operação, conforme apurou o Ministério Público, é aprofundar investigações sobre possíveis tentativas de obtenção de passaporte estrangeiro, organização criminosa e obstrução de Justiça por parte de integrantes do "núcleo 1" do plano golpista. As medidas visam reunir novos elementos probatórios sem a detenção preventiva do colaborador.
Mauro Cid já havia sido alvo de outras ações judiciais, incluindo prisões preventivas motivadas por falsificação de comprovantes de vacinação e pela quebra de cláusulas de seu acordo de colaboração. A nova fase da apuração busca esclarecer articulações que envolveriam facilitação de fuga do país e interferência em investigações em andamento.
A defesa adiantou que utilizará os resultados das diligências para reforçar a posição de que Cid vem colaborando efetivamente com as autoridades e que todos os seus atos estão dentro dos compromissos estabelecidos no acordo de delação.