O secretário de Finanças do Município, Gustavo Braga, figura-chave no governo do prefeito Bruno Cunha Lima e conhecido por uma visão austera da gestão, teria revelado ao Sintab que a situação da Secretaria de Saúde do Município é muito grave, inclusive com risco de suspensão de parte dos serviços.
A informação foi dada pelo presidente do sindicato, Franklin Barbosa, durante entrevista ao Jornal do Meio Dia da Campina FM nesta quinta-feira, 03, quando cobrou o fim dos atrasos nos pagamentos dos salários dos profissionais da saúde do Município e explicou que a categoria, inclusive, poderá entrar em greve nos próximos dias.
Na entrevista, porém, o Sintab revelou o teor de conversas com Gustavo Braga ocorridas na última semana, nas quais o secretário teria apontado um quadro ainda mais grave e que, para o sindicato, é de colapso. “O próprio secretário de Finanças no afirmou que é possível que nove especialidades deixem de funcionar no Município”, disse o dirigente sindical.
De acordo com ele, os custos com a pasta estariam extrapolando completamente o orçamento. “O secretário nos afirmou que, no lugar de aportar 15%, a Secretaria de Finanças tem aportado 41% de recursos próprios para a Saúde e não tem dado conta, não consegue sequer pagar a folha”, afirmou.
E mais, conforme o presidente do Sintab, Gustavo Braga e o secretário de Administração, Diogo Lyra, teriam revelado a existência de uma auditoria na Saúde. “Essa auditoria é que, de fato, pode salvar a Secretaria de Saúde porque, da forma atual, está insustentável”, frisou.
EXCESSO DE SERVIDORES
Durante a entrevista, Franklin Barbosa comentou ainda que Gustavo Braga teria concordado com o Sintab sobre um suposto inchaço grave na folha de servidores da Secretaria de Saúde.
“Ele concordou com alguns pontos que a gente colocou. Por exemplo, fazemos visitas às unidades de saúde e podemos constatar que é uma secretaria muito inchada, muita gente dentro da secretaria, e ele inclusive concordou comigo em relação a isso”, garantiu o presidente do Sintab.
Ele acrescentou, porém, que, para o secretário das Finanças, haveria outros problemas para a crise financeira da Saúde municipal. “Mas, para o secretário, não só é isso (o inchaço da folha). Por esta razão contrataram uma auditoria para que a auditoria possa, de fato, apontar quais os problemas que têm afetado”, complementou.
FALÊNCIA
Para o presidente do Sintab, o quadro apresentado pelos próprios secretários leva a um diagnóstico grave. “Quando a gente diz que a Secretaria de Saúde está falida, quebrou, é porque estes números apontados pela própria gestão mostram isso”, avalia.
Procurada, a prefeitura e os secretários citados pelo presidente do Sintab não se pronunciaram. Os espaços seguem abertos para quaisquer manifestações.
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