A crise gerada pelos seguidos atrasos no pagamento de salários, repasses de verbas para hospitais e não pagamento a fornecedores envolvendo a Secretaria de Saúde do Município está gerando desgastes cada vez mais públicos entre pelo menos três pastas da gestão Bruno Cunha Lima.
Desde a semana passada, representantes do Sintab (Sindicato dos Trabalhadores Públicos Municipais do Agreste da Borborema) e do Sindras (Sindicato dos Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Combate as Endemias) confirmaram ao Jornal do Meio-Dia da Campina FM a existência de um impasse interno no governo.
As entidades explicam que o titular da Saúde, Dunga Júnior, recebe e dialoga com os trabalhadores, mas não apresenta resolutividade, alegando falta de recursos e “jogando o problema” para as pastas de Finanças e de Administração.
“A gente tem sempre contato com Carlos Dunga, e o que vem sempre dizendo é se jogando para uma secretaria, joga para outra, joga para Finanças, joga para Administração, e não se chega a um consenso”, disse, por exemplo, Fábio Oliveira, diretor do Sindras.
Na semana passada, conforme o Hora Agora mostrou, o secretário Gustavo Braga (Finanças) teria admitido ao Sintab, segundo declarações do presidente do sindicato, Franklin Ykaz, que a Secretaria de Saúde tem excesso de servidores e que estaria, inclusive, passando por uma auditoria.
Procurado pela reportagem da Campina FM, Braga não se pronunciou para confirmar nem negar as informações trazidas a público pelo Sintab.
Aliados do governo admitem que há um clima pesado entre Dunga, Gustavo e Diogo Lyra (Administração). Em geral, esses aliados entendem que as demais pastas não têm qualquer responsabilidade pela crise da Saúde e, inclusive, reclamam da falta de uma intervenção mais enérgica do prefeito Bruno Cunha Lima.