Crítica a oligarquias gera embate entre vereadores governistas em Campina Grande. Assista


Um embate curioso ocorreu esta semana na Câmara Municipal de Campina Grande. A vereadora Pâmela Vital do Rêgo (MDB) subiu à tribuna para refutar declarações de um colega, cujo nome a parlamentar não declinou, que na semana anterior teria feito comentários sobre herdeiros políticos de famílias tradicionais.

A menção do vereador teria sido ao vice-governador da Paraíba, Lucas Ribeiro (PP), mas Pâmela sentiu-se atingida e resolveu rebater. A emedebista não negou as vantagens de pertencer a uma família de tradição política, mas também apontou alguns ônus, como o fato de herdar também a indisposição do eleitor desafeito aos Vital do Rêgo.

Pâmela, que já foi suplente e no governo Bruno Cunha Lima I esteve à frente da Semas, chegou ao ponto de dizer que “começou muito de baixo” em sua vida pública e que existe também preconceito com nomes ligados a famílias tradicionais. Assista:


Mesmo sem ter sido nominalmente citado, o vereador Alexandre do Sindicato (União Brasil) se pronunciou pouco após o discurso da colega emedebista e assumiu que era sua a fala rechaçada por Pâmela. O parlamentar criticou logo o fato de a vereadora ter reagido sem citá-lo.

Alexandre negou que tenha apontado como demérito alguém pertencer a “família oligarca”, conforme suas próprias palavras. “Eu posso falar por mim, que cheguei aqui sem ter um sobrenome importante”, disse. 

O vereador, que junto com Pâmela integra a bancada do governo chefiado pelo sobrenome mais predominante da política local, fez um aparente desabafo. “Quem nasceu em berço de ouro, nasceu. Quem não, fica aqui embaixo, como pobres mortais, sendo massacrados pelos líderes que estão acima de nós”, bradou.

Assista:


Lenildo Ferreira (Hora Agora) - Reprodução proibida
Postagem Anterior Próxima Postagem