O governador João Azevêdo entregou, na quinta-feira (21), a nova sede da Delegacia-Geral da Polícia Civil, localizada no bairro de Manaíra, em João Pessoa. Segundo o governo, “a mudança representa um marco importante para a instituição, que passa a contar com instalações modernas e adequadas ao desenvolvimento das atividades administrativas e de gestão da corporação”.
DURA CRÍTICA
A localização da sede, no entanto, em um setor nobre da capital, e a estrutura do imóvel foram fatores que dividiram opiniões. Para o deputado estadual Sargento Neto (PL), o prédio seria um contraste agudo com as condições das delegacias por todo o estado.
“O governo tenta mostrar ao turista uma realidade bem diferente da verdade. O Governo do Estado inaugurou uma nova sede da Delegacia-Geral da Polícia Civil em plena Av. Edson Ramalho, área nobre de João Pessoa, em frente ao Mangai”, comentou o parlamentar em suas redes.
“Um prédio bonito para fotografia, mas sem resolver o que realmente importa: delegacias no interior caindo aos pedaços, falta de efetivo, policiais desvalorizados e a população refém da violência”, complementou.
DURA CRÍTICA ÀS CRÍTICAS
A crítica de Sargento Neto foi na mesma linha de demais publicações nas redes sociais. Por outro lado, o portal Cotidiano Policial, especializado em segurança pública e pertencente ao policial civil, jornalista e escritor Saulo Nunes, refutou as críticas - sem citar nomes diretamente.
“Mas… Ainda há quem se incomode com isso. Há quem diga – com outras palavras – que o policial civil da Paraíba não pode ter uma casa daquela. Não é digno do presente que ganhou. Não está à altura do desenho arquitetônico e muito menos do local onde está situada a nova DG/PCPB”, diz trecho de artigo no site.
O texto de Saulo, ácido e contundente, ainda faz um comparativo com o silêncio de críticos à sede do Comando-Geral da Polícia Militar, entregue em 2022 e apontado como muito maior que a nova sede da Polícia Civil.
“Apesar das diferenças abissais entre as duas casas, alguns políticos (e seus seguidores fiéis no instagram) não torceram o nariz quando o governador presenteou a PMPB com aquele gigante em Intermares. Nem deveriam”, afirma Saulo.
“O que não se concebe é a enxurrada de críticas relacionadas ao novo prédio da Casa do Policial Civil – a Delegacia-Geral da PCPB –, vindas da boca de personalidades paraibanas que três anos atrás não agiram da mesma forma com o gigante Comando-Geral da PMPB em Intermares”, acrescenta.
“É de se estranhar que, mesmo com as ‘desvantagens’ descritas, o policial civil seja achincalhado até na hora de ganhar sua casa”, conclui, agudo.
Para ler o texto na íntegra, clique AQUI.