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| Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil |
O veterano colunista Cláudio Humberto fez uma publicação afirmando que as negociações entre o deputado paraibano Hugo Motta (REP) e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre a votação da anistia na Câmara Federal passariam por uma definição de apoio ou não à eventual candidatura do pai de Hugo, Nabor Wanderley, ao Senado.
"Para manter obediente o presidente da Câmara, Lula ameaça apoiar o governador João Azevêdo (PSB), e outro aliado para a segunda vaga, Veneziano Vital do Rêgo (MDB). É tudo o que Hugo Motta (Rep) não quer: seu candidato ao Senado na Paraíba é o próprio pai Nabor Wanderley, e exige apoio do petista na campanha", escreveu.
A análise de Cláudio Humberto, contudo, mostra sinais de equívocos severos, já que o apoio de Lula a Veneziano e a João Azevêdo é uma obviedade. O que não quer dizer que o petista fecharia as portas para Nabor. Na verdade, se o presidente vier à Paraíba em 2026 será para buscar voto, e não para oferecer.
Lula já chegou a ter dois comitês no estado (vide 2002) entre candidatos a governador, quanto mais reunindo concorrentes a senadores! E olhe lá se, a depender do desempenho do petista nas pesquisas, ele não conseguir juntar os três no mesmo comício.
Outra clara bola fora de Cláudio Humberto é tentar ressuscitar o nome de um ex-senador e ex-governador. “Para piorar para Lula, quem anda sendo cotado para o Senado, com chance de vitória, é um opositor: Cássio Cunha Lima (PSDB)”, disse o colunista.
Cássio tem compromisso firmado com Veneziano e deixa muito claro que, após duas duras derrotas, não volta para os embates das urnas tão cedo. Ao contrário do que afirma Cláudio Humberto, esse retorno, inclusive, sequer tem sido cogitado desta vez.
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Lenildo Ferreira (Hora Agora) - reprodução proibida