Assim como o Help, FAP pede que MPF e PF investiguem "paradeiro" de emendas em Campina


A presidência da Fundação Assistencial da Paraíba, gestora do Hospital da FAP, pediu que o Ministério Público Estadual encaminhe ao Ministério Público Federal e à Polícia Federal o processo que a entidade move contra a Prefeitura de Campina Grande com cobrança de suposta dívida de mais de R$10 milhões.

A primeira solicitação foi feita pelo presidente da FAP, Derlópidas Neves (foto), diretamente ao Ministério Público da Paraíba durante audiência em fevereiro para a qual a gestão municipal não encaminhou representantes, justificando as ausências.

A reinvindicação foi confirmada pelos advogados da FAP em petição apresentada no mesmo mês. “Emendas parlamentares destinadas especificamente para à FAP foram desviadas ou utilizadas indevidamente, não havendo repasse por parte do Município, que há muito recebeu os valores, mesmo havendo aprovação dos Planos de Trabalho”, pondera o jurídico da fundação.

Ao provavelmente utilizar e/ou desviar o dinheiro das emendas parlamentares indevidamente, o que deverá ser cautelosamente apurado pela autoridade competente, o gestor municipal, em tese, ASSUMIU O RISCO de produzir o resultado de eventuais tipos previstos no Decreto-Lei nº 201/67, ou até mesmo outros delitos, a depender de acurada apuração/investigação”, prossegue.

Tem-se que neste caso possivelmente – razão pela qual necessária se faz a devida apuração criminal - resta configurado e demonstrado onde está centrada a ação contrária a norma penal sancionadora, ou seja, conseguindo ostentar a envergadura exigida para firmar um comportamento contrário a norma sancionadora”, completa.

O pedido é semelhante ao formulado pela Fundação Pedro Américo, do Hospital Help, que também questiona a destinação de emendas que deveriam ter sido repassadas para a cobertura de serviços prestados ao Município. 

Conforme o Hora Agora mostrou, ao apresentar defesa no processo da FAP, o Município nega qualquer desvio ou utilização indevida de emendas. A alegação é que o repasse não é automático, dependendo da comprovação de uma série de requisitos e formalidades. 
Postagem Anterior Próxima Postagem