Um dia após a confirmação do nome do filho, Gustavo Feliciano, para o Ministério do Turismo, o pai dele, deputado federal Damião Feliciano, confirmou em entrevista que vai fazer dissidência dentro do União Brasil e apoiar a futura chapa com Lucas Ribeiro (PP) para governador, João Azevêdo (PSB) e Nabor Wanderley (REP) para o Senado.
Naturalmente, Damião também não estará alinhado à escolha do partido pela oposição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e fica fora do círculo do senador e pré-candidato ao Governo do Estado Efraim Filho, seu correligionário e neobolsonarista de ocasião.
Até quando o pai de Gustavo vai conseguir se manter no partido sendo um dissidente aberto, só o futuro responderá – embora o futuro esteja perto, já que ou ele ou Efraim terá que deixar o União no início de abril.
O que fica óbvio é que a chegada de Gustavo ao Ministério do Turismo, obra e graça da intervenção do presidente da Câmara, Hugo Motta (REP), comprova que Lula, que é disputado pelo MDB do senador Veneziano Vital e do pré-candidato a governador Cícero Lucena, tende a ficar do lado do núcleo formado pelo PSB/PP/REP.
Caso esse cenário se confirme, ampliará o isolamento de Cícero, que já vem enfrentando um processo de desidratação de sua pré-candidatura nas últimas semanas, e também de Veneziano, que vem perdendo terreno para João e Nabor. Ambos, Cícero e Veneziano, tinham grandes esperanças de apoio do presidente da República, cenário que vai ficando improvável.
Lenildo Ferreira - Hora Agora
