Um estado pequeno que para por causa de negociações entre políticos continuará pequeno. E parado


É profundamente revelador o nível de ansiedade que toma conta da Paraíba em dias como hoje, com a mídia e parte considerável dos cidadãos mal respirando à cata de informação sobre a ciranda entre os próceres da política paroquial tabajarina.

Nem a pandemia, nem a escalada incontrolável dos preços dos combustíveis, nem qualquer outro assunto tem espaço no frenesi das ilações, especulações, pretensos furos e notícias plantadas.

Foi assim no ano pré-eleitoral de 2019. Foi assim no ano que antecedeu às eleições gerais de 2018. E em 2014, assim como 2010. Sem falar em 2006, 2002, na querela profundíssima de 1998... 

E podem ir voltando no tempo, até chegar nos tempos anteriores ao governo João Pessoa, bem antes mesmo das balas saídas do revólver de João Dantas atingirem o traseiro do à época presidente da Paraíba, servindo de estopim para a farsa que transformaria o defunto em um herói.

Na Paraíba, é assim: ou o ano é eleitoral ou é pré-eleitoral.

Logo, o clima é sempre de campanha. As bandeiras estão permanentemente hasteadas. A disputa não cessa. Os palanques – e os espíritos – não se desarmam.

E o estado continua pequeno. Continua pobre. E uma coisa tem tudo a ver com a outra.

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