Matemática: Senado é a opção mais provável, mas não a melhor para o grupo Ribeiro


Lenildo Ferreira

O deputado federal Aguinaldo Ribeiro marcou data para revelar sua decisão quanto ao pleito de outubro: 15 de junho. “Já é chegada a hora! Quarta-feira anunciarei os próximos passos da nossa caminhada”, publicou em sua rede social.

A declaração ocorre depois de um encontro e conversas com o governador João Azevêdo (PSB), o que reforça a tese – já meio evidente – de que o grupo Ribeiro e seu conglomerado de partidos deve mesmo marchar com o socialista.

A pergunta é a mesma: Aguinaldo será candidato ao Senado?

Trata-se do caminho mais provável e isso pelos sinais que a própria família, discretamente, tem dado. Essa semana, por exemplo, testemunhas afirmam que Daniella Ribeiro, senadora e presidente do PSD, teria tratado o irmão como “futuro senador”.

Mas, e se a definição for outra? Se Aguinaldo ficar mesmo na recandidatura a federal?

Há quem apostasse na tese mais improvável de uma postulação de Daniella ao Governo do Estado. A possibilidade, que já não era muito lógica, praticamente cai por terra diante do diálogo com João.

Na verdade, se o filho de Enivaldo decidir não ir para a disputa ao Senado, seu grupo político pode sair ainda mais forte.

Como? Com a candidatura do atual vice-prefeito de Campina Grande, Lucas Ribeiro, a vice-governador ao lado de Azevêdo.

Raciocine: se Aguinaldo Ribeiro optar pela disputa do Senado e vencer, PP/PSD terão dois senadores; mas, se Aguinaldo for para a reeleição e Lucas sair para vice, o bloco fica com uma senadora, um deputado federal e o vice-governador.

Com um detalhe mais que fundamental: é certo que João Azevêdo renuncia em abril de 2026 para concorrer ao Senado.

E quem assumirá o maior cargo do Estado até o final daquele ano?

É melhor ter um governador por nove meses mais um deputado federal por um quadriênio do que um senador por oito anos.

Matemática pura. Noves fora, zero.

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