Por Alexandre MOURA (*)
“Centelha” Paraíba
Iniciativa do MCTI - Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações e da FINEP - Financiadora de Estudos e Projetos, em parceria com o CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico e CONFAP - Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa, “o Programa Centelha visa estimular a criação de empreendimentos inovadores e disseminar a cultura empreendedora nos Estados”. O programa oferece capacitações, recursos financeiros e suporte para transformar ideias em negócios de sucesso. Na Paraíba, em particular, o Centelha é executado pela FAPESQ - Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado da Paraíba e na Edição 2022 (Centelha II), encontra-se na “Fase 3”, tendo sido selecionados 39 projetos das Startups locais, de forma direta e mais 19, na lista “de espera”. Destaque para as Startups: LAN Construção; INXEPA e DI FARIA apoiadas pela UNIFACISA e pelo SENAI-PB. No caso do SENAI o apoio é através do “HUB PB”, programa de pré-aceleração, que tem como objetivo fomentar o empreendedorismo e o ecossistema local de Startups.
Pesquisa Nacional de Remuneração do Segmento de TIC
Um levantamento bem interessante vem sendo realizado, anualmente, pela empresa “P&S Consultoria”. Trata-se da “Pesquisa Nacional de Remuneração & Benefícios do Segmento de TIC” (Tecnologia da Informação e Comunicações) que desde 2017, responde uma serie de perguntas sobre “Recursos Humanos” utilizados pelas empresas brasileiras de TIC. Por exemplo, pergunta do tipo: Qual a tendência de continuação das dificuldades de contratar e manter, a mão de obra? Essa e outras questões são tratadas no estudo da P&S Consultoria, pois as “empresas brasileiras precisam acompanhar as tendências para adequarem suas políticas de remuneração e benefícios ao cenário vigente”. Por outro lado, não se pode esquecer que está consolidado o trabalho remoto, portanto empresas de diferentes portes e localizações concorrem por mão de obra de TIC, com empresas nacionais e internacionais (sediadas em qualquer lugar do mundo). Vale destacar, que a “concorrência por profissionais” é uma dificuldade enorme para as pequenas e médias empresas de tecnologia, em nível mundial. Mais informações sobre a pesquisa e como participar, podem ser obtidas no endereço www.otonicunha.com.br
Os Bancos e a compra do Twitter
Na coluna da semana passada coloquei um tópico sobre o novo “capitulo da novela” da compra do Twitter, pelo empresário Elon Musk. Agora surge outro obstáculo, que não é jurídico e sim financeiro, para concretização da compra. Um consórcio de bancos liderado pelos americanos Morgan Stanley e Bank of America e pelo britânico Barclays Plc, concordaram em disponibilizar cerca de 13 bilhões de dólares, em financiamento para o empresário, como parte do pagamento pela compra do Twitter. Acontece que a ideia dos bancos, era “vender essa dívida” a investidores rapidamente, após a conclusão do negócio (que ainda não aconteceu e nem se sabe se vai acontecer). Com a venda se “arrastando” (inclusive com discussão na justiça americana) e gerando perdas financeiras para a empresa controladora do Twitter, o consórcio vai manter o valor disponível em seus balanços até que haja, novamente, interesse de investidores no negócio. Acontece que, quando o financiamento foi acordado as taxas de juros estavam baixas e agora subiram muito, tornando o “custo do dinheiro” muito superior ao previsto inicialmente. Resumindo: “O aumento das taxas de juros e a volatilidade atual do mercado americano, levaram os investidores a ficar longe dos negócios de risco alto, como a compra do Twitter”. Ficando assim, a “batata quente” do negócio e os juros inerentes, pelo menos por enquanto, na mão dos bancos. Esse “negócio” está cada vez mais complicado.
Foguete Brasileiro
Foi lançado nessa semana, o primeiro “Foguete produzido 100% no Brasil”. Denominada de operação “Santa Branca” pela FAB – Força Aérea Brasileira, o lançamento aconteceu a partir do CLA - Centro de Lançamento de Alcântara, localizado no estado do Maranhão. O foguete é um veículo suborbital (veículo espacial que alcança a “fronteira” que limita a atmosfera terrestre e o espaço) do modelo VSB-30, da família de foguetes “Sonda”, desenvolvida pelo IAE - Instituto de Aeronáutica e Espaço, “com produção brasileira e carga útil 100% nacional”, possuindo “estágios à propulsão sólida, estabilizado rotacionalmente e com capacidade de transportar cargas de até 400 kg, em altitudes de 270 km”. O VSB-30 nessa missão levou a bordo o “módulo de carga útil com o Modelo de Qualificação da Plataforma Suborbital de Microgravidade (MQ-PSM)”. Com a certificação obtida por este lançamento, a PSM será utilizada para a realização de experimentos em ambiente de microgravidade. (Com informações da “Agência Força Aérea”).
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Engenheiro Eletrônico, MBAs em e Comércio Eletrônico e Software Business, pela N.S. University (Estados Unidos), acionista da Light Infocon Tecnologia S/A, Diretor da LightBase Software Público Ltda, Conselheiro-Titular do SEBRAE-PB, VP da Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado da Paraíba e Diretor de Relações Internacionais da BRAFIP.