A Azul Linhas Aéreas anunciou o encerramento das operações em 14 cidades brasileiras ao longo de 2025, além da suspensão de mais de 50 rotas consideradas de baixa rentabilidade, como parte de seu processo de reestruturação iniciado com o pedido de recuperação judicial (Chapter 11) nos Estados Unidos. Campina Grande, como já havia adiantado o Hora Agora, não está na lista.
As localidades afetadas são: Barreirinha (MA), Campos (RJ), Correia Pinto (SC), Crateús (CE), Iguatú (CE), Jaguaruna (SC), Mossoró (RN), Parnaíba (PI), Ponta Grossa (PR), Rio Verde (GO), São Benedito (CE), São Raimundo Nonato (PI), Sobral (CE) e Três Lagoas (MS). A companhia enfatizou que esse movimento é parte de um processo contínuo de ajuste entre oferta e demanda, levando em conta custos operacionais elevados, como a alta do dólar, desafios na cadeia de suprimentos e restrições na disponibilidade de frota.
A nova malha focará em hubs estratégicos: Viracopos (Campinas), Confins (Belo Horizonte) e Recife, com o objetivo de otimizar conexões e reduzir a dependência de múltiplas escalas. Paralelamente, a empresa planeja reduzir sua frota em cerca de um terço e ajustar preços para elevar a taxa média de ocupação dos voos para 83%, além de implementar melhorias no atendimento a bordo e cobrar por bagagens despachadas como forma de aumentar a receita auxiliar.
No escopo financeiro, a reestruturação contempla a captação de 1,6 bilhão de dólares em financiamento, a eliminação de mais de 2 bilhões de dólares em dívidas e até 950 milhões de dólares adicionais em aportes de capital ao sair do processo de recuperação judicial, que a Azul espera concluir entre dezembro de 2025 e fevereiro de 2026.