O empresário Sidney Oliveira, fundador e controlador da rede de farmácias Ultrafarma, foi preso na manhã desta terça-feira (12) em São Paulo durante a Operação Ícaro, deflagrada pelo Ministério Público de São Paulo para desarticular um esquema de pagamento de propina a auditores fiscais da Secretaria da Fazenda estadual. A ação também prendeu o diretor estatutário da varejista Fast Shop, Mario Otávio Gomes, e um auditor fiscal suspeito de operar o esquema. Segundo as investigações, o grupo teria movimentado mais de R\$ 1 bilhão em vantagens indevidas para beneficiar empresas do varejo.
De acordo com relatos divulgados pela imprensa, Oliveira foi localizado em sua chácara em Santa Isabel, na Grande São Paulo. Os mandados cumpridos são de prisão temporária, com prazo inicial de cinco dias. As defesas dos investigados e as empresas citadas foram procuradas pelos veículos, mas ainda não haviam se manifestado até a última atualização.
O governo paulista informou que abriu apuração interna e solicitou ao Ministério Público o compartilhamento de informações sobre o caso. A operação desta terça-feira foi acompanhada por equipes de promotores e contou com apoio policial para o cumprimento de mandados de prisão e busca e apreensão.
A Operação Ícaro mira, segundo o MP-SP, um esquema de corrupção envolvendo auditores da Fazenda e executivos do setor privado para manipular fiscalizações e reduzir cobranças tributárias. As investigações indicam pagamentos reiterados de propina e possíveis crimes de corrupção, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
A Ultrafarma e a Fast Shop foram contatadas por diferentes redações para comentar as prisões e as suspeitas, mas não houve retorno imediato. O caso segue em andamento e novas diligências devem ocorrer nos próximos dias.