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Em meio ao aumento das tensões diplomáticas, a Casa Branca afirmou nesta terça-feira (9) que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não descarta o uso de instrumentos econômicos e até mesmo militares para “defender a liberdade de expressão” no mundo, incluindo o Brasil. A declaração foi feita pela secretária de imprensa Karoline Leavitt (foto) durante entrevista em Washington.
Segundo Leavitt, os Estados Unidos já adotaram medidas significativas contra o governo brasileiro, como sanções e tarifas, e, por ora, não há novos passos a serem anunciados. Ainda assim, a porta-voz ressaltou que Trump “não tem medo de usar os recursos que forem necessários” para garantir os interesses americanos.
A posição da Casa Branca ocorre no momento em que o Supremo Tribunal Federal (STF) analisa um processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, acusado de envolvimento em tentativa de golpe. Nos últimos dias, ministros da Corte já formaram maioria parcial para condená-lo, o que ampliou o clima de instabilidade política em Brasília.
O cenário se soma à maior presença militar dos Estados Unidos no Caribe, oficialmente voltada ao combate ao tráfico de drogas. A movimentação, no entanto, é vista por governos da região como fator de pressão estratégica e tem sido acompanhada de perto pelo Planalto.
Na prática, o governo Trump mantém sobre a mesa tanto instrumentos econômicos quanto militares, mas evita, até agora, anunciar medidas específicas contra o Brasil. O recado, contudo, foi claro: os EUA não hesitam em ampliar a pressão se considerarem necessário.