O presidente do Sintab, Franklyn Ikaz, explicou durante entrevista à Campina FM nesta terça-feira, 21, que o atraso no pagamento de prestadores de serviço da Secretaria de Saúde de Campina Grande já caminha para dois meses e, com isso e os atrasos menores (mas frequentes) dos efetivos, o clima é de angústia e sofrimento entre os servidores.
Com o cenário, o presidente do Sintab afirmou que há um receio profundo quanto ao risco de problemas envolvendo o décimo-terceiro em dezembro. “Na verdade, o sentimento é de pânico, afinal, se não estão quitando os salários em dia, a preocupação quanto a décimo-terceiro é grande”, disse.
Diante de todos os problemas, porém, a principal reclamação da entidade é em relação ao silêncio do chefe do executivo, que não recebe a categoria, não responde ofícios e raramente se pronuncia sobre o assunto, o que, para o sindicalista, é inaceitável e dar a entender que o prefeito abriu mão de governar.
“Ninguém obrigou o prefeito a ser prefeito, a se candidatar. Ele tem a obrigação com os servidores e com a população, e ele não pode ficar calado como está. Se ele não tem disposição, se ele não quer, se ele desistiu, que renuncie”, declarou Franklin.
“São pais de família que dependem do trabalho. Enquanto isso, o salário dele (Bruno) está em dia; o salário dele é bom e ele nem sequer depende desse salário”, complementou, acrescentando que, em toda sua vida, jamais viu Campina Grande enfrentar uma crise tão grave.
“Não há uma situação semelhante, em termos de atrasos de salários, em nenhum município de toda a base territorial do Sintab”, frisou.