Não é surpresa e ou desconhecido de nós brasileiros a bem sentida e ou vivida polarização País à fora principalmente à medida que nos aproximamos das próximas eleições que são eleições gerais, isto é, eleições federais onde sobretudo está a eleição para a presidência do Brasil.
Entretanto, à medida que sentimos e vivemos este antagonismo, percebemos um discurso cada vez mais forte, veemente por parte de um dos lados deste embate de que ele não deve existir, não é bom acontecer e isto acaba influenciando muitas pessoas que de fato se abstêm deste movimento.
É aquela parcela da sociedade que vive as margens da realidade politica no País, que por não ter conhecimento despreza a discussão, que por total ignorância não aceita participar do legítimo e salutar processo de antagonizar e melhor desfrutar de seus resultados.
Este discurso da negativa da polarização, seja negando o fato, seja querendo transformar ele em uma ideia apenas ou sentimento, seja colocando-o sob suspeita de que seja um grande erro e ou mesmo dizendo que ele não deve existir, tem motivos ou motivação, propósito definido.
A ideia é fazer com que o povo brasileiro venha sentir, entender e ou aceitar que este conflito é um grande equívoco, provocado por pessoas e ou grupos que querem dividir o País, que querem promover a discórdia, que isto é incoerente por semear ódio e discórdia.
Diante deste ataque a livre e grande divergência politica que vivenciamos, muitas pessoas acabam por aceitar a ideia de que esta discussão não faz bem a si nem aos brasileiros de forma geral, de que ela, não produz de fato nenhum bom resultado ou ação prática, eficaz sobre a Nação, sobre o povo.
O resultado é o abandono das discussões, é a aceitação e ou acomodação a situação presente, isto é, o conformismo à realidade sentida, percebida e vivida de caos econômico, insegurança jurídica, de descaso com a segurança pública, a destruição da educação e produção de miséria.
E nisto está o propósito, silenciar quem tem argumentos sólidos para discordar do que vivemos, de mostrar a verdade dos fatos para quem não está conseguindo enxergar por si só, calar as vozes que contraditam e expõem as feridas fétidas de um sistema doente de corrupção e injustiças entre outros.
Toda via, é preciso manter este antagonismo, porque ele não diz respeito ao fato isolado das eleições, das questões meramente politicas, mas é uma discussão entre o certo e o errado entre o bem e o mal, entre justiça e arbitrariedade, entre vencer e perder, entre prosperidade e miséria.
Diferentemente do que querem fazer parecer, a polarização que vivemos, é uma necessidade real e urgente a se manter e mais do que isso, fazer crescer a medida que os dias passam, a fim de que se alcance o maior número de pessoas, brasileiros e brasileiras, jovens, adultos, anciãos.
Esta divergência de ideias, posicionamentos, conceitos e ou ideologias, é extremamente necessária a vida de um povo, de nosso povo, pois ela permite conhecermos as muitas questões que nos dizem respeito em nosso cotidiano, bem como aquilo que é preferencialmente o que gosto, quero, defendo.
Cito como exemplo, o declarado eleito presidente do Brasil discursar e dizer que as igrejas não devem ter partidos políticos, não devem participar deste embate, destas discussões politicas, que elas devem se limitar a ideia da religião, de falarem somente de Deus.
Este discurso apoiado por muitos de forma extremamente equivocada, não diz respeito a ideia de preservação das igrejas, mas intencionalmente anular significadamente uma parte importante de brasileiros que podem e devem participar do embate e têm poder de decisão.
As igrejas existem a partir da congregação de pessoas, cidadãos brasileiros com direito a votar e serem votados, que existem e vivenciam todas as implicações ou resultados que a politica traz à Nação, isto é, desfrutam de todo bem produzido, ou sofrem todo mal causado.
Acabar com esta discussão é favorecer o lado obscuro do debate, o lado que não traz verdade em seus discursos, que maquia suas ações, que esconde o verdadeiro propósito de suas pautas, que age com hipocrisia para com os eleitores, que manipula situações e que tem causado enorme prejuízo.
Que continuemos o debate, prossigamos com a polarização, vivenciemos o embate.
É ainda, o lado que pratica injustiças, que perverte o direito, que engana os incautos, que faz da miséria alheia sua plataforma social, o lado desumano, opressor, perseguidor, censurador, o lado que não sabe lidar com o debate, e que faz do grito e das falsas narrativas, suas ferramentas de trabalho.
Ceder a ideia de equívoco quanto a polarização, é se equivocar quanto a realidade do que é fazer o bem à Nação.
